Uma reportagem da revista Veja sobre o envolvimento de bancos no escândalo de fraudes no INSS foi publicada nessa sexta e apagada horas depois — mas não antes de ganhar ampla repercussão nas redes sociais. |
O que dizia a matéria: O texto trazia detalhes de uma reunião entre o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, o vice Edson Fachin e o ministro da CGU, na qual investigador da Polícia Federal afirmaram que, se apuração sobre os consignados avançasse, “não pararia banco de pé”. |
Segundo a reportagem, 91 instituições financeiras foram autorizadas a operar crédito consignado com aposentados e pensionistas entre 2020 e 2025 — via Acordos de Cooperação Técnica (ACTs) . |
A matéria ainda afirmou que o mesmo modelo já havia sido usado por entidades envolvidas no esquema bilionário de descontos indevidos em aposentados. |
Mas a Veja não foi a única |
Enquanto a revista publicava e apagou logo em seguida, uma reportagem do portal Metrópoles destaca que instituições bancárias, como BMG e C6 Bank, estão entre as que mais aparecem em processos por irregularidades nas investigações da PF. |
A matéria afirma que há casos em que o benefício foi descontado por empréstimos não contratados ou por mensalidades associativas não autorizadas — ou pelos dois ao mesmo tempo . |
A fraude mais comum envolvia o uso da Reserva de Margem Consignável (RMC) : os aposentados recebiam cartões de crédito consignados sem solicitação e tinham parcelas descontadas, mesmo sem desbloquear o cartão. |
Mesmo com a pressão de parlamentares opositores ao governo, a CPMI do INSS deve ficar para o 2° semestre . De acordo com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, a medida visa não prejudicar as investigações da PF e da CGU . |