Ministro do STF tenta influenciar opinião pública para fazer com que provável condenação dos denunciados seja vista como justa e imparcial
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes distorceu o sentido das sessões da terça, 25, e desta quarta, 26, que tinham por objetivo decidir se a Primeira Turma deve ou não aceitar a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete acusados.
O que estava em jogo no STF nesses dois dias era se havia evidências suficientes e de qualidade para que um julgamento seja iniciado.
Além disso, era preciso dirimir os questionamentos levantados pelos advogados. Eles pontuaram que a Primeira Turma não é o foro adequado e que a delação de Mauro Cid deveria ser anulada.
No jargão jurídico, essa fase é a chamada “justa causa da ação penal“.
Em vez de se ater a essas questões, Alexandre Moraes dedicou vários minutos para falar sobre o mérito da ação penal, ou seja, avaliar se Jair Bolsonaro e outras sete pessoas cometeram ou não os crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, dano qualificado e deterioração do patrimônio tombado.
Nesta quarta, 26, Moraes mostrou vídeos de atos de violência em Brasília no dia da diplomação de Lula, em dezembro de 2002, e no 8 de janeiro de 2023.
Antes de as imagens serem transmitidas, Moraes argumentou: “É um absurdo pessoas dizerem que não houve violência, não houve agressão, e consequentemente não houve materialidade. Então eu peço para que se coloque o vídeo de comprovação da materialidade dos delitos. Aqui, seguindo o que a Procuradoria-Geral denunciou, os acampamentos golpistas em que mais de 570 reais confessaram que queriam intervenção militar. (…) Se isso não é violência, o que seria uma violência? O absurdo de uma violência programada“.
“Isso não é violência? Ninguém estava passeando. Havia uma barreira policial e todos invadiram agredindo os policiais, que jogavam gás de pimenta. Vejam as pessoas invadindo, e sempre com a intenção golpista. Várias faixas pedindo intervenção federal… Uma verdadeira guerra campal. Bombas, helicóptero jogando bombas de efeito moral. O policial tirado do seu cavalo e agredido covardemente“, disse Moraes.
“É bom lembrar que nós tivemos…
Por: O Antagonista